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Até 2026, transformação digital no Brasil receberá R$ 666 bi

São Paulo 24/10/2023 – A etapa de planejamento visa estabelecer objetivos e o fluxo de ações que irá garantir ou aproximar dos resultados desejados

Segundo estudo, esse é o montante de investimentos que as empresas devem fazer em várias áreas da Tecnologia da Informação (TI) para alavancar negócios nos próximos três anos. Segundo profissional da área, com um bom planejamento é possível melhorar os processos de empresas que querem investir em transformação digital

O último relatório do macrossetor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) estima que entre 2023 e 2026, as empresas brasileiras deverão investir R$ 666,3 bilhões em transformação digital. Do montante de investimentos, a maior parte será na aquisição ou desenvolvimento de softwares (51,2%) e o restante em hardware (22%), serviços (20,9%) e telecom (5,9%).

Entre o segmento que mais vem investindo em transformação digital, o destaque vai para bancos e empresas na área financeira. Segundo a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023, realizada em parceria com a consultoria Deloitte, a expectativa de investimentos para este ano é aumentar 29% em relação ao ano passado, passando de R$ 34,9 bilhões para R$ 45,1 bilhões.

Na visão do gerente de projetos em TI, Victor Fleury Mendonça, para o segmento de bancos e fintechs, a tecnologia se torna um elemento chave para se diferenciar e destacar no mercado. Ele explica que mais do que garantir recursos tecnológicos, o objetivo tem sido garantir que os atendimentos por canais digitais sejam de fato mais eficientes e inteligíveis do que o presencial.

“Desta forma, as mesmas soluções que permitem tanto otimizar e automatizar as operações, ganhando agilidade, eficiência, produtividade e economia, como também melhorar a experiência dos clientes, seja no acesso ao banco, na oferta de serviços e na disponibilização de diferentes meios de pagamento, também devem garantir maior proteção de dados dos usuários, segurança cibernética e compliance com as legislações”, observa.

Com 15 anos de experiência na área de Gerenciamento de Processos e Projetos em TI, Mendonça ressalta que no planejamento dos investimentos em transformação digital é preciso avaliar as melhorias não apenas pela economia que o investimento pode trazer para a empresa, mas é preciso garantir que isso não resulte em perda de qualidade no atendimento, em impessoalidade, aumento da insatisfação do cliente e outros resultados que podem impactar em prejuízo.  

“Para o sucesso de um planejamento e execução de projeto de automação e melhoria de processos, um dos mais utilizados e importantes é o ciclo PDCA (sigla em inglês para planejar, fazer, checar, agir). A etapa de planejamento visa estabelecer objetivos e o fluxo de ações que irá garantir ou aproximar dos resultados desejados”, explica ele, acrescentando que “ao estabelecer os objetivos de um projeto de melhoria é possível ‘prever’ alguns pontos de melhoria para o futuro, já que as expectativas nos dão um caminho para seguir”.

Seguir todas as etapas do ciclo PDCA pode garantir resultados positivos para a empresa, afirma especialista

Ao planejar o uso de tecnologias para substituir processos manuais ou melhorar os processos digitais já existentes, com o uso de automação, por exemplo, a adoção do ciclo PDCA pode garantir os resultados pretendidos pela empresa. Segundo o gerente de projetos em TI, Victor Fleury Mendonça, a etapa do planejamento (do inglês “plan” na sigla) define os métodos que irão permitir o atingimento dos objetivos.

Já a etapa de execução (“do” ou “fazer”, em português) consiste em aplicar todos os métodos previstos para buscar um resultado. Ele informa que é nesta etapa que é realizada a coleta dos dados para análises futuras. “Outro ponto importante na fase de execução é a questão da comunicação de cada etapa: não se deve simplesmente colocar os colaboradores para executar os processos sem prévio treinamento e conhecimento dos envolvidos no processo”, aconselha.

Na etapa seguinte (“check” ou “checagem”), também conhecida como etapa de análise ou controle, se realiza as medições do desempenho e aderência aos processos e se seguir o projetado, irá se atingir os objetivos. Mendonça esclarece que é comum que essa etapa identifique diversos pontos de melhoria, seja na aceleração de uma etapa de execução ou na adição de mais controles para garantir a segurança em determinado momento.

“E uma vez que os desvios sejam identificados, temos condições de partir para o próximo, e último, passo da automação de processos: a etapa de ação ou ajuste (Act). Na última etapa do ciclo PDCA, temos o processo de melhoria contínua, onde iremos concentrar esforços para fazer ajustes ou, se for o caso, aprimorar o que já está funcionando muito bem”, finaliza.

Website: https://www.linkedin.com/in/victor-fleury-ba573564/

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