Maringá/PR 27/2/2024 – Minhas primeiras relações de vida e amor foram vividas em suas ruas, em suas lanchonetes, nas praças, nas roças. Aqui é por onde eu botei o pé no mundo
Mateus Ântoni publica o livro “,amor,” que retrata uma improvável paixão no auge do isolamento social da pandemia do covid-19. Evento acontece no dia 14 de março, na cidade de Retirolândia
O autor Mateus Ântoni Rúbia lança no dia 14 de março, dia de nascimento do poeta Castro Alves, quando antes era comemorado o Dia Nacional da Poesia, o romance ”, amor,” editado pela Editora Viseu. Esse título narra um inesperado amor juvenil em meio ao distanciamento imposto pela pandemia de covid-19. O evento acontece na Câmara dos Vereadores de Retirolândia, cidade do sertão baiano, no Território do Sisal, localizada a pouco mais de 240 quilômetros da capital, Salvador.
A história é um relato do encontro entre dois jovens, João e Maria, que vivem um romance surgido e experimentado no sertão baiano, uma paisagem bastante incomum a muitos brasileiros, dotada do seu próprio charme e beleza únicos, e vivido no litoral da capital baiana.
Porém, essa paisagem diz muito sobre o autor da obra, nascido e crescido na pequena cidade do interior da Bahia. “Minhas primeiras relações de vida e amor foram vividas em suas ruas, em suas lanchonetes, nas praças, nas roças. Aqui é por onde eu botei o pé no mundo”, destaca Rúbia.
Nessa obra, “amor” não está entre vírgulas só no título, já que o aparecimento de um novo vírus coloca a vida normal em um hiato. Assim, os jovens apaixonados começam a tentar encontrar respostas para a grande dúvida do momento: a vida e esse amor vão sobreviver ao distanciamento?
O livro “, amor,” é o segundo título de Mateus Ântoni, que já teve poesias e contos publicados também em antologias e veículos jornalísticos de sua região. Para ele, lançar um livro a partir do seu lugar de origem é uma oportunidade de mostrar aos seus conterrâneos que as mãos do interior do Brasil são tão capazes de produzir arte quanto as de um jovem da capital, do Sul do país ou de um país dito de primeiro mundo.
A obra reflete as próprias experiências do autor durante o isolamento socialmente imposto, sendo que seu título pode ser colocado a um tempo como reflexo de um paradoxo ou mesmo uma ironia, visto que se apaixonar durante a pandemia pode ser visto como azar, devido às circunstâncias daquele momento.
Todavia, em meio ao medo, à insegurança, Ântoni destaca que a arte é exatamente isto: colocar aos olhos do leitor a realidade sobre as perspectivas possíveis, mesmo as mais assustadoras, as desconcertantes, as desafiadoras, e, principalmente, as que buscam a beleza em meio a tudo isso.