9/4/2024 –
Número de lojas virtuais vem crescendo desde 2014, aponta pesquisa, e o e-commerce ganhou consumidores durante a pandemia
Em pesquisa recente, a BigDataCorp mostrou o aquecimento do setor de e-commerce no Brasil. O “Perfil do Ecommerce Brasileiro 2023″ apontou que o número de sites está em crescimento há dez anos e aumentou de 21.042.257 em 2022 para 23.859.725 em 2023.
O e-commerce cresceu, segundo a pesquisa, mais de 20% desde 2014. O número de lojas virtuais aumentou de 1.640.076 em 2022 para 1.911.164 em 2023. Outro dado indicativo do aquecimento do setor é o aumento do número de e-commerces que não tem loja física, apenas a on-line: de 81,16% em 2022 para 83,46% em 2023.
Em compensação, o preço médio dos produtos diminuiu, com mais produtos de valor abaixo de R$ 100 sendo vendidos on-line. Outra conclusão da pesquisa é que os sites que fazem parte de marketplaces tendem a estar em mais de um.
Danilo Angelini, consultor de e-commerce da Calçados Laroche, aponta que antes da pandemia, o e-commerce já vinha em uma trajetória de crescimento consistente, impulsionado pela digitalização dos negócios e pela maior confiança dos consumidores nas compras on-line. “Com a chegada da pandemia em 2020, o e-commerce experimentou um crescimento sem precedentes e a tendência é que o setor continue em expansão, impulsionado por inovações tecnológicas e pela consolidação do hábito de comprar on-line entre os brasileiros”.
Ele ainda acrescenta usando um exemplo de como a necessidade virou uma oportunidade para os lojistas. “Antes da pandemia alguns consumidores tinham receio de comprar online, nos calçados masculinos por exemplo, sempre existiu uma desconfiança quanto a numeração correta dos modelos. Quando apenas as lojas online estavam operando, pudemos perceber os clientes se permitindo confiar nas compras online”.
A pesquisa citada anteriormente mostrou ainda que a maioria (54,87%) das empresas operando em e-commerce estão no estado de São Paulo. O estudo não segmentou as empresas pesquisadas por tipo de produto ou setor de mercado.
A partir de sua experiência no setor, no estado de São Paulo, Angelini afirma que “a evolução da venda de calçados pela internet no Brasil e globalmente tem sido marcada por tendências significativas, impulsionadas principalmente pela tecnologia e mudanças nos hábitos de consumo”. Especificamente para o mercado calçadista, diz ele, pode ser observada “uma forte tendência de crescimento nas vendas online, especialmente após a pandemia de COVID-19, que acelerou a adoção do comércio eletrônico em diversos segmentos, já que uma das vantagens vista pelos consumidores é justamente poder buscar por opções e preços que estejam de acordo com aquilo que eles desejam”.
Essa observação pode estar relacionada ao crescimento do uso das redes sociais pelo e-commerce, apontado pela pesquisa, já que estes costumam ser canais de popularização de novos hábitos de consumo. Em oito anos, o número de lojas virtuais com redes sociais aumentou 20%, com o Facebook liderando como rede social mais usada e o TikTok em ascensão.
“As marcas de calçados que conseguiram adaptar-se rapidamente ao ambiente digital e oferecer uma experiência de compra online atraente e conveniente (como se responsabilizar pelo frete de ida e volta em caso de troca por numeração errada), com forte presença nas redes sociais e marketing digital eficaz, têm visto um aumento significativo nas vendas. A tendência é que essa transição para o digital continue crescendo, à medida que mais consumidores buscam conveniência, variedade e melhores preços online”, conclui Angelini.
Para saber mais, basta acessar: https://loja.calcadoslaroche.com.br/