3/6/2024 –
Teste desenvolvido pela PROOV, marca americana e comercializado pela LC Plus no Brasil permite rastrear os níveis de progesterona em mulheres que estão tentando engravidar. O monitoramento deste hormônio pode ajudar a entender casos que necessitam de auxílio médico especializado
A LC Plus, empresa especializada em testes e itens para a saúde, lançou no mercado o Proov Confirm, um autoteste que permite confirmar a ovulação pelo rastreio da progesterona, hormônio sexual feminino fundamental na preparação do organismo para realizar uma gestação. O autoteste tem aprovação da agência americana Food and Drug Administration (FDA) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em alguns casos, pacientes podem se deparar com testes de ovulação positivos e mesmo assim não ter ovulação, já que os testes de ovulação convencionais medem o hormônio Luteinizante (LH), que estimula a ovulação. Já o Proov Confirm analisa a existência e quantidade da progesterona que é liberada pelo corpo lúteo do óvulo e que só existe quando a ovulação, de fato, acontece.
Para a especialista Barbara Jucá, CEO da LC Plus, o Proov Confirm pode auxiliar em casos em que a tentante precisa contar com um tratamento médico especializado. “Muitas mulheres estão tentando engravidar, achando que estão ovulando, pois o teste de ovulação mostra-se positivo, mas na verdade não estão. O Proov Confirm oferece a possibilidade da tentante buscar ajuda médica o quanto antes”.
A empresária acredita que muitas mulheres têm dúvida sobre o momento de buscar ajuda médica ou demoram a se convencer que uma outra situação possa estar ocorrendo. “É comum achar que a demora da gravidez é por causa da ansiedade do casal. Ter a informação de que a ajuda é mesmo necessária traz convicção para a mulher saber que a ansiedade pode não ser a única barreira”, diz.
Estresse e distúrbios ovulatórios
Um estudo da Universidade de British Columbia, no Canadá, identificou distúrbios ovulatórios causados pelo estresse da pandemia de covid-19. Os resultados foram obtidos na comparação de duas pesquisas, uma feita entre 2006 e 2008 e outra feita em 2021, ambas com pacientes de perfis parecidos, entre 19 e 35 anos e que não estavam tomando nenhum contraceptivo hormonal.
O relatório mostrou que entre as participantes do estudo feito durante a pandemia, cerca de 66% não estavam ovulando normalmente, contra 10% das pacientes do estudo mais antigo. Foi constatado nas pacientes do estudo mais recente uma alteração nos níveis de progesterona, com ciclos sem liberação de óvulo ou com uma fase mais curta após a ovulação. Essas mulheres apresentaram quadros de ansiedade, depressão, dor de cabeça e dificuldade para dormir.
Progesterona e gravidez tardia
Jucá lembra que, atualmente, muitas mulheres têm postergado a gravidez em virtude da carreira, dos sonhos e viagens. Assim, muitas mulheres passam anos evitando engravidar, mas quando desejam, sentem pressa. Porém, a especialista lembra que os níveis hormonais e a qualidade do óvulo tendem a cair com a idade e isso pode ser um obstáculo. “O Proov Confirm oferece tanto a informação sobre a ovulação quanto sobre os níveis hormonais. Esses dados podem ajudar a mulher a buscar ajuda médica o quanto antes para tratamento e conseguir, então, alcançar a gravidez”, afirma.
A empresária reforça que ovário policístico, obesidade, hipotireoidismo, sangramentos irregulares e ciclos curtos podem ser razões de uma ovulação de baixa qualidade ou da anovulação (não ovulação), e que estes quadros somente o teste de progesterona ajuda a detectar.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade de mulheres que optaram pela maternidade após os 40 anos cresceu em 65,7% no Brasil nos últimos 12 anos. A faixa etária de 30 a 39 anos também apresentou alta no período, com 19,7% de crescimento.