in

Estudo aponta dados de sondagem da indústria da construção

Brasil 5/2/2025 – A alta taxa de juros limita investimentos e compromete a rentabilidade das empresas, impactando diretamente a demanda por serviços terceirizados.

Segundo o relatório, as taxas de juros elevadas foram apontadas como o principal obstáculo enfrentado pelo setor.

Segundo os dados apresentados na Sondagem da Indústria da Construção, conteúdo publicado no Portal da Indústria, referente ao 4º trimestre de 2024, as taxas de juros elevadas foram apontadas como o principal obstáculo enfrentado pelo setor. O levantamento também indicou que a falta ou alto custo da mão de obra qualificada e a carga tributária elevada figuraram entre os principais desafios para os empresários do ramo. O relatório também revelou um aumento na insatisfação com o lucro operacional, bem como uma percepção mais intensa das dificuldades no acesso ao crédito e na elevação dos custos de insumos e matérias-primas.

Conforme informado na publicação, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção caiu para abaixo dos 50 pontos pela primeira vez desde janeiro de 2023. O resultado reflete uma transição do otimismo para a insegurança quanto à economia brasileira, evidenciando uma deterioração nas expectativas futuras. Apesar desse panorama, ainda há previsão de crescimento no primeiro semestre de 2025, com perspectivas positivas em relação ao número de empregos, compras de insumos e novos empreendimentos.

O desempenho da indústria também foi analisado, e os índices de atividade e de emprego registraram recuo no final do ano. Relatório aponta que a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) se manteve estável em 67% em dezembro de 2024, o maior patamar para um mês de dezembro desde o início da série histórica, em 2012. No entanto, os índices de nível de atividade e de número de empregados caíram para 45,4 e 45,7 pontos, respectivamente, reforçando a tendência de retração do setor no período.

A pesquisa também apontou que o acesso ao crédito se tornou mais difícil para as empresas da construção, com o índice caindo para 37,7 pontos, uma redução de 2,6 pontos em relação ao trimestre anterior. O levantamento revelou que empresas de todos os portes relataram dificuldades na obtenção de financiamento, o que impacta diretamente a capacidade de expansão e novos investimentos no setor.

José Antônio Valente, diretor da empresa de locação de equipamentos em Manaus, Amazonas, para construção civil, Trans Obra, afirmou que os dados apresentados reforçam a complexidade do cenário atual para o setor, especialmente no que se refere ao acesso ao crédito e à elevação dos custos operacionais. José Antônio continuou dizendo que a alta taxa de juros limita investimentos e compromete a rentabilidade das empresas, impactando diretamente a demanda por serviços terceirizados. “Em um ambiente onde a mão de obra qualificada se torna mais escassa e onerosa, a opção pela locação de máquinas e equipamentos surge como uma solução estratégica para construtoras que buscam manter a produtividade sem comprometer o fluxo de caixa”.

Perguntado sobre o relatório, José Antônio disse que a estabilidade na Utilização da Capacidade Operacional (UCO) em 67% indica que, apesar dos desafios, o setor mantém níveis de atividade relativamente constantes, mas que no entanto, a queda nos índices de confiança e no número de empregados demonstra a necessidade de estratégias mais flexíveis e eficientes. A locação de máquinas e equipamentos, ao reduzir custos fixos e oferecer acesso a tecnologia de ponta sem necessidade de grandes investimentos iniciais, torna-se um diferencial competitivo, como acontece na unidade da empresa de locação de equipamentos em Fortaleza, Ceará, e que é crucial neste cenário de retração e incerteza econômica.

Ainda de acordo com o estudo divulgado, outro fator que preocupou os empresários foi a insatisfação com o lucro operacional, cujo índice atingiu 44,8 pontos, revelando uma queda de 0,6 ponto frente ao trimestre anterior. Esse cenário foi agravado pelo aumento dos preços de insumos e matérias-primas, cujo índice atingiu 64 pontos, refletindo uma aceleração na inflação dos custos produtivos.

Outro dado apresentado apontou que a satisfação com a situação financeira geral das empresas apresentou leve melhora, com o índice subindo para 49 pontos, um avanço de 1,3 ponto em relação ao trimestre anterior. Embora ainda abaixo da linha divisória dos 50 pontos, esse crescimento indica uma redução na insatisfação generalizada, refletindo um leve alívio nas condições financeiras da indústria da construção no último trimestre de 2024.

Website: https://www.transobra.com.br/

Written by

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *