São Paulo, SP 20/3/2025 – Não basta apenas criar um programa para cumprir a legislação e evitar multas. É essencial desenvolver iniciativas estruturadas que realmente impactem a vida dos colaboradores
Empresas brasileiras terão que implementar programas de saúde mental até maio de 2025. Fernanda Maiochi, terapeuta integrativa com mais de 20 anos de experiência em multinacionais líderes do ramo de alimentos, mostra o que muda na prática
A partir de maio de 2025, empresas de todos os portes no Brasil precisarão adotar medidas concretas para identificar e mitigar fatores que impactam a saúde mental dos trabalhadores. A obrigatoriedade decorre da atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), promovida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que reforça a necessidade de ambientes corporativos mais seguros e saudáveis.
A revisão normativa amplia a segurança do trabalho, incluindo riscos psicossociais como estresse excessivo, pressão por resultados, assédio e jornadas prolongadas. “A nova regulamentação exige que as empresas monitorem e reduzam tais fatores, garantindo que a saúde mental dos trabalhadores seja tratada como parte essencial da gestão de riscos ocupacionais (MTE)”, explica Fernanda Maiochi, terapeuta integrativa com mais de 20 anos de experiência no setor empresarial.
De acordo com o Relatório de Tendências Globais de Capital Humano da Deloitte, pesquisa realizada com mais de 14 mil entrevistados em 95 países, revelou que a sustentabilidade humana é um fator determinante para o desempenho organizacional. O estudo aponta que, à medida que o trabalho se torna menos delimitado, habilidades como empatia e curiosidade se tornam essenciais para o sucesso das empresas. Priorizar a sustentabilidade humana não apenas melhora a saúde e o bem-estar dos funcionários, mas também impulsiona os resultados corporativos.
Impacto econômico e desafios para as empresas
Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelou que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido a transtornos como depressão e ansiedade, gerando um impacto financeiro de quase US$ 1 trilhão na economia global. O Atlas de Saúde Mental da OMS destaca que o baixo investimento nessa área leva a grandes perdas econômicas e impactos significativos na produtividade empresarial.
Além disso, estudos indicam que cada dólar investido na prevenção e tratamento da saúde mental gera um retorno de US$ 4 em produtividade (OMS). Empresas que adotam práticas eficazes nessa área apresentam menor absenteísmo, menor rotatividade de funcionários e equipes mais engajadas.
A importância de profissionais experientes na implementação
Para que os programas de saúde mental sejam eficazes, a gestão deve ser conduzida por profissionais que compreendam tanto o ambiente corporativo quanto a psicologia organizacional. Fernanda Maiochi, terapeuta integrativa com mais de 20 anos de experiência no setor empresarial, destaca que o sucesso dessas iniciativas depende de um planejamento adequado e da confidencialidade do processo.
“Não basta apenas criar um programa para cumprir uma legislação e evitar multas. É essencial desenvolver iniciativas estruturadas que realmente impactem a vida dos colaboradores e contribuam para os resultados da empresa. A segurança e confidencialidade precisam ser garantidas, para que os funcionários sintam confiança em relatar problemas sem medo de represálias”, afirma Fernanda Maiochi.
Ela também ressalta a necessidade de capacitação de líderes para atuar na prevenção de riscos psicossociais. “A transformação organizacional deve partir da liderança. Gestores bem preparados têm o poder de melhorar a experiência dos colaboradores, criando uma cultura de bem-estar que se espalha por toda a empresa”, explica Fernanda.
Os programas devem ser adaptados à realidade de cada organização, independentemente do porte. “Micro e pequenas empresas também podem implementar essas iniciativas, desde que sejam ajustadas à sua estrutura e necessidades”, acrescenta a especialista.
A saúde mental como estratégia de valor
Com a nova regulamentação, empresas precisarão ir além do cumprimento legal e incorporar a saúde mental como um pilar estratégico. “Muitas organizações ainda veem a saúde mental como uma responsabilidade individual dos colaboradores. No entanto, é necessário estruturar programas contínuos, que promovam um ambiente de trabalho saudável e preventivo”, afirma Fernanda Maiochi.
Estudos apontam que iniciativas bem planejadas não apenas aumentam a qualidade de vida dos funcionários, mas também contribuem para a sustentabilidade e crescimento das companhias. Com um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, a saúde mental dos colaboradores se torna um diferencial estratégico para o sucesso empresarial.
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