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Terçol: 9 fatos que despertam dúvidas e pedem atenção

São Paulo, SP 29/4/2025 – De forma prática, a principal diferença entre o terçol e o calázio é a presença de sinais inflamatórios, como vermelhidão, calor local e dor.

O terçol é uma inflamação bacteriana que surge na borda das pálpebras, com sintomas como dor, calor e vermelhidão. Embora seja comum e geralmente benigno, o quadro desperta dúvidas sobre contágio, cuidados e quando buscar atendimento. A higiene dos olhos é essencial para prevenir o problema

Comum em adultos, o terçol também pode afetar crianças e idosos. A condição, conhecida na linguagem médica como hordéolo, apresenta-se como uma inflamação localizada na pálpebra, que pode em alguns casos ter o aspecto de uma espinha. Apesar de ser um quadro leve na maioria das vezes, o terçol ainda gera dúvidas sobre a necessidade de atendimento médico, os riscos de contágio e a diferença em relação a outras alterações palpebrais, como o calázio. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a principal forma de prevenção está na higiene diária dos olhos.

Lavar adequadamente as mãos, manter os cílios limpos, higienizar as pálpebras e cuidar das lentes de contato são hábitos muito importantes.

1. O que é terçol?

O terçol é uma infecção aguda de origem bacteriana que atinge as glândulas localizadas nas margens das pálpebras, tanto na parte superior quanto na inferior dos olhos. O agente causador mais comum é o Staphylococcus aureus, uma bactéria presente na flora da pele. Segundo o Ministério da Saúde, a inflamação provoca sintomas como dor, calor local, inchaço e vermelhidão.

2. Terçol é a mesma coisa que calázio?

Não. Enquanto o terçol é uma infecção aguda, o calázio é uma inflamação crônica, estéril, geralmente sem sinais inflamatórios intensos. Conforme explica a Dra. Tatiane Reis, oftalmologista do Hospital de Olhos de Sergipe (HOS), que integra a rede Vision One: “O calázio é uma inflamação granulomatosa estéril (reação do corpo a uma obstrução, sem presença de pus ou infecção), secundária à obstrução das glândulas de Meibômio (glândulas que ficam nas pálpebras e ajudam a manter os olhos lubrificados), sem sinais inflamatórios intensos e caracterizado pela presença de um nódulo indolor”.

A médica detalha: “De forma prática, a principal diferença entre o terçol e o calázio é a presença de sinais inflamatórios, como vermelhidão, calor local e dor”.

3. O terçol é contagioso?

Não. Apesar de ser uma condição infecciosa, o terçol não é contagioso. Conforme o Conselho, a transmissão direta entre pessoas ou de um olho para o outro não costuma ocorrer.

4. Quanto tempo demora para a infecção palpebral desaparecer?

De acordo com o CBO, o tempo médio para regressão espontânea do hordéolo varia de três a cinco dias.

5. O hordéolo demanda atendimento médico?

Segundo a Dra. Tatiane, nem todos os casos exigem intervenção médica imediata. “Os casos mais leves podem melhorar apenas com compressas mornas. No entanto, o encaminhamento ao oftalmologista é indicado quando há ausência de melhora com as compressas mornas, quando há aumento progressivo da lesão, comprometimento do eixo visual ou presença de sintomas sistêmicos, como febre ou linfadenopatia”, afirma.

6. Pode usar maquiagem estando com terçol?

O uso de maquiagem durante um quadro de terçol não é recomendado. “O uso de cosméticos na vigência de um hordéolo pode agravar o quadro, favorecer a disseminação bacteriana e prolongar a infecção. O ideal é evitar o uso de maquiagem na região dos olhos até a completa melhora do quadro”, orienta a médica.

7. É seguro estourar o terçol em casa?

Não. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, a manipulação do terçol como se fosse uma espinha comum, na verdade, pode agravar a infecção e os seus sintomas, como a dor.

8. Pessoas com blefarite têm mais tendência a ter esse tipo de quadro?

A blefarite é uma condição inflamatória crônica das pálpebras que pode aumentar o risco de formação de terçol. “A blefarite está associada ao aumento da viscosidade da secreção meibomiana, predispondo à obstrução das glândulas e, consequentemente, à formação de hordéolos ou calázios de repetição”, explica a Dra. Tatiane.

O controle da blefarite, com higiene palpebral adequada e, quando indicado, uso de medicamentos, é essencial para reduzir o risco de novos episódios.

9. O que fazer se o terçol voltar com frequência?

Casos recorrentes de terçol exigem uma investigação médica mais detalhada. “Nos casos de hordéolos recorrentes, é fundamental que seja realizada uma avaliação completa com investigação de fatores predisponentes, como blefarite, rosácea ocular, disfunção das glândulas de meibômio ou imunossupressão, para que, dessa forma, seja realizado o tratamento adequado para cada caso de forma individualizada”, afirma a oftalmologista.

Com isso, a doutora conclui que a avaliação médica é essencial para determinar um plano de cuidados que ajude a evitar o aparecimento de novos episódios.

Website: https://visionone.com.br/

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