21/9/2023 –
Segundo a OMS, hérnias de disco afetam 80% da população mundial. Entre os tratamentos, a cirurgia endoscópica para hérnia discal proporciona rápida recuperação. O Dr. Felipe Azevedo Figueira, neurocirurgião especialista em cirurgia de coluna, fala sobre o procedimento
Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que 8 em 10 pessoas sofrem com hérnia de disco no mundo. O Ministério da Saúde, através da Biblioteca Virtual em Saúde, informa que a condição pode provocar dor leve, moderada ou forte a ponto de se tornar incapacitante, mas, em alguns casos, não apresenta sintomas.
Além disso, segundo o órgão de saúde nacional, o diagnóstico é feito através de raio-x, ressonância magnética ou tomografia, indicando a gravidade e local da coluna onde está a hérnia. Dependendo da gravidade, o tratamento pode ocorrer através do uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, fisioterapia ou mesmo por cirurgia.
O Ministério da Saúde informa que, em por aproximadamente um mês, cerca de 90% dos portadores retomam suas rotinas habituais. Uma das alternativas de tratamento é a cirurgia endoscópica para hérnia discal, que está no ROL da ANS desde 2021, sendo de cobertura obrigatória para toda a rede de convênios e seguros de saúde.
O neurocirurgião especialista em cirurgia de coluna, Dr. Felipe Azevedo Figueira, explica que este se trata de um procedimento minimamente invasivo, no qual realiza-se a retirada do fragmento do disco e a compressão do nervo é liberada através de uma cânula provida de microcâmera de alta resolução por onde passam as micropinças.
“Assim, é possível que a cirurgia ocorra com alta taxa de sucesso e com uma cicatriz de aproximadamente 1 cm. Além disso, a dor pós-operatória, taxa de infecção e manipulação da musculatura também são consideravelmente menores”, informa.
Ainda segundo o Dr. Figueira, o procedimento rotineiramente é realizado sob anestesia geral e o paciente não precisa ficar internado no hospital, podendo receber alta no mesmo dia da cirurgia.
Tecnologia aplicada para tratamentos minimamente invasivos
O neurocirurgião detalha os equipamentos utilizados na cirurgia endoscópica para hérnia discal: “Utilizamos uma câmera de vídeo de alta resolução na ponta e um orifício por onde passam as micropinças, além de iluminação com fibra óptica, irrigação contínua e telas de vídeo que ampliam a imagem obtida pelo equipamento”.
Para o Dr. Felipe Azevedo Figueira, os tratamentos minimamente invasivos vieram para ficar: “A tecnologia e avanços na engenharia estão proporcionando cirurgias cada vez mais eficientes e seguras. Até pouco tempo, as cirurgias proporcionaram cicatrizes grandes, pós-operatório difícil e dor pós-operatória”, afirma. Por fim, Figueira comenta que, “atualmente, na neurocirurgia quase todas as cirurgias empregam alta tecnologia, seja por endoscopia, tratamentos percutâneos, equipamentos ultrassônicos ou navegação por GPS”.
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